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A reabilitação cognitiva tem o objetivo de auxiliar o indivíduo a utilizar as funções psicológicas básicas que são designadas como cognitivas: atenção, memória, habilidades sociais, capacidade de julgamento, avaliar e imaginar situações futuras bem como usar a linguagem e a comunicação em geral.

O processo natural da velhice provoca alterações ou declínio em algumas dessas  funções cognitivas básicas.

Estudos mostram que pessoas acima de 60 anos tem demostrado declínio cognitivo geral e nas funções executivas que são: ato de pensar, reter, manipular, memorizar e resumir dados a medida que é feito uma leitura.

Esse declínio acontece de forma mais acentuada nas tarefas que exigem atenção, rapidez, concentração e raciocínio, precisão, priorização de foco e inibição de informações irrelevantes.

Algumas causas são apontadas para que isso aconteça:

- Fatores como nível de escolaridade;

- Herança Genética;

- Nível Socioeconômico Cultural;

- Estilo de Vida;

- Ansiedade;

- Acuidade Visual;

- Acuidade Auditiva


A preservação das funções executivas é fundamental para que se possa lidar eficientemente com as diversas situações do dia a dia.

Quando existe a constatação do início da perda das funções cognitivas, a estimulação deve iniciar o quanto antes para que essas funções se mantenham preservadas e compensar aquelas que já começaram a sofrer declínio.

Deve-se sempre estimular o idoso a exercer atividades diárias de rotina e prazer.

Além disso as lembranças de experiencias, histórias e vivencias irão trazer sentimentos passados além de exercitar a memória.

Mesmo atividades básicas são importantes para manter as funções que vão se deteriorando com a idade.

Os nossos sentidos como visão, olfato, paladar, audição e tato, a nossa memória, a capacidade de abstração de criar e organizar ideias, são as principais atividades cerebrais que se alteram com a velhice.

Na realidade o corpo precisa se manter ativo para funcionar bem.

É essencial que a estimulação cognitiva seja incluída nas atividades diárias do idoso e essa responsabilidade deve ser por parte do cuidador de forma previsível e sistemática.

A memória é uma das funções que fica mais prejudicada, principalmente quando ocorre o processo de demência.

A memória é relacionada ao aprendizado e é responsável por tudo que aprendemos, nossas experiencias anteriores, o conhecimento que temos para traduzirmos em palavras tudo que sabemos, o ato de escrever e a recuperação de informações armazenadas.

A velhice faz com que as atividades executivas como a percepção, o raciocínio e resolução de problemas se tornem difíceis a até mesmo impossíveis de se realizar.

Daí a importância de manter uma rotina para manutenção da estimulação cognitiva do idoso numa rotina diária, com o objetivo da manutenção da memória e de se preservar as funções executivas.

Essas atividades podem ser desenvolvidas com o auxilio de um cuidador com o objetivo de exercitar a memória, o raciocínio e melhora dos movimentos.

O êxito dessas atividades vai depender muito da dedicação e da receptividade do idoso.

Além dos exercícios das funções executivas, essas atividades ainda proporcionam momentos de distração, diversão e ainda descontração do idoso.

O uso de jogos, alongamentos, desenhos, fotos antigas e histórias isso faz com que o idoso exercite várias funções importantes para o cérebro, promovendo ainda momentos de desconcentração e diversão.

Talvez para auxiliar no processo de avaliação de possíveis danos cerebrais, pode ser necessária a ajuda de um Terapeuta Ocupacional para que ele avalie e proponha atividades/exercícios que possam melhorar ou retardar os danos.

Abaixo são relacionadas algumas atividades que podem auxiliar nesse processo de melhoria da memória:


- Jogo de memória com imagens e formas;

- Responder perguntas sobre a vida passada (nomes, datas, lugares);

- Dar nomes a objetos, partes do corpo, dias da semana, meses, fatos históricos, datas comemorativas;

- Leitura de textos curtos;

- Repetir uma sequencia de letras ou números.


Para auxiliar no processo de atenção poderão ser feitas as às seguintes atividades:

- Ligar números ao dominó;

- Perguntar antes do almoço o que tomou no café da manhã;

- Escutar uma música e identificar diferentes instrumentos musicais tendo de distingui-los;

- Executar atividades que necessitem desenvolver duas tarefas ao mesmo tempo;


Para trabalhar o conhecimento aprendido sobre cores, objetos e formas:

- Perguntar a cor da roupa que ele está usando;

- Perguntar a cor de algum alimento;

- Diferenciar objetos reais e não reais;

- Reconhecer formas de animais, objetos, alimentos;

- Denominar expressões faciais como alegria, raiva, tristeza, medo.


Trabalhar capacidades de movimentos:

- Realizar um movimento e pedir que o idoso faça o mesmo;

- Identificar os gestos e movimentos e os seus significados (ex. pedido de silencio com o dedo indicador na boca);

- Desenhar uma forma geométrica e pedir que o idoso faça o mesmo;

- Pedir que ela faça um determinado desenho.


Trabalhar a linguagem:

- Descrever a função de cada objeto (televisão, carro);

- Copiar palavras ou fazer um ditado;

- Leitura em voz alta;

- Citar palavras que comecem com determinada letra.


?????Trabalhar com funções executivas:

- Se situar no tempo- há quanto tempo almoçou, quando tempo foi no shopping;

- Listar passos para executar uma tarefa;

- Resolver problemas: jogo da velha, labirinto


Importante salientar que essas atividades deverão ser feitas de forma aleatória, sem uma obrigatoriedade ou qualquer tipo de sistemática.

As atividades ou exercícios acima são apenas sugestões de estimulação cognitiva e elas não substituem a avaliação de um profissional como o Terapeuta Ocupacional.

Esse profissional trabalha com pessoas com problemas cognitivos, afetivos, psíquicos independente da sua origem.


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